Você sabia que a prática de atividade física pode reduzir em até 30%
os riscos de câncer? E os exercícios podem ser ainda mais eficientes no
tratamento da doença. Eles ajudam a diminuir as dores provocadas pelos
efeitos colaterais do tratamento, além de atenuar sintomas comuns dos
pacientes, como perda de peso, atrofia muscular e fraqueza.
De acordo com a médica especialista em Medicina do Exercício do Espaço Stella Torreão, Ana Beatriz Raed, fazer exercícios físicos melhora a resposta imunológica dos pacientes com câncer, favorecendo o tratamento. “A atividade também contribui para a manutenção da força muscular e dos níveis de energia, o que ajuda na rotina diária do paciente, nos períodos de sono e descanso e nos momentos de lazer”, explica Beatriz.
Além de preservar a capacidade física e ajudar a retomar as
atividades diárias, a médica afirma que os exercícios podem ser
recomendados para a recuperação da mobilidade e
diminuição de complicações em casos de cirurgia. Os pacientes
oncológicos têm algumas limitações que precisam ser respeitadas na
rotina de atividade física. Isso vai depender do estágio da doença e do
estado psicológico, mas um dos principais obstáculos é a fadiga crônica.
“No entanto, o que vai diminuir esse sintoma e outros efeitos comuns da
doença é exatamente a prática regular de exercícios”, garante Beatriz.
Uma das atividades recomendadas para os portadores de câncer é o Pilates.
Ele tem uma série de benefícios que podem ajudar no retorno da
funcionalidade de cada paciente. Segundo a fisioterapeuta do setor
infantil da AACD, Luciana Ruas, o trabalho de respiração
é fundamental para aumentar a capacidade respiratória dos pacientes. “O
Pilates trabalha também o posicionamento adequado da pelve, cintura,
ombros e cabeça, necessário para o ganho de força, flexibilidade e melhora na postura do paciente”, destaca Luciana.
O paciente com câncer busca na atividade física não apenas benefícios
na mobilidade, mas a melhora na sua qualidade de vida. O exercício tem o
poder de melhorar a autoestima, combatendo a tristeza,
a ansiedade e a depressão. “Com o Pilates eles relatam melhora na
circulação e no funcionamento intestinal, mais equilíbrio, coordenação
e resistência e uma sensação revigorante. Isso os torna mais leves,
menos cansados e mais motivados para o tratamento”, relata a
fisioterapeuta.
Qualquer paciente pode praticar o Pilates, sempre com liberação
médica. Luciana recomenda as aulas individuais. No solo ou em estúdio,
os acessórios e equipamentos facilitam os exercícios, que podem ser
adaptados para as limitações de cada aluno.
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